quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Cotas sem cotação no mercado


Tem muita gente comemorando a aprovação, no congresso, do aumento da cota social nas universidades. Os alunos oriundos das escolas públicas e os socialmente desfavorecidos terão maiores oportunidades de ingressar nas universidades públicas. Vejo isso com pouco ânimo. Não quero com isso alijar grande parte da população brasileira dos estudos em uma universidade gratuita, mas não sou favorável a esse tipo de postura para resgatar ou redimir décadas de abandono e descaso por parte das autoridades à essa parcela sofrida da população. Acho que o empenho devia ser em busca de melhorar o ensino público nas bases ao invés de facilitar o ingresso lá em cima. Fazendo isso o governo acaba por nivelar por baixo o ensino superior e, em vez de garantir progresso para o país, só faz atrapalhar essa difícil caminhada já que os estudantes não estão preparados para ela.
Infelizmente não é raro encontrarmos nos bancos das faculdades pessoas que não sabem escrever seu próprio idioma pátrio, e não entendem o que leem nos livros. Envolvidos que estão com a prática social e sabendo que esses alunos “fizeram um primário mal feito” os professores começam a ser cada vez mais condescendentes e baixam cada vez mais os critérios para aprovação, fazendo com que os alunos aprendam cada vez menos, mas mesmo assim não deixem de sair com seus diplomas.
Para que ter diploma sem conhecimento? Como confiar em profissionais que mal sabem redigir um parágrafo e não entendem nada do que leram. Se é que leram. Como disse antes, o erro não está em deixar esses alunos entrar na universidade, mas em deixá-los jogados ao léu durante os anos iniciais de suas vidas estudantis. O erro é não investir em professores e escolas que sejam boas de verdade. O erro é fazer de conta que eles aprendem alguma coisa quando vão para a escola só atrás da merenda. O erro é distribuir bolsas assistencialistas às famílias fazendo-as acreditar que não precisam se empenhar para viver. Maior erro é acreditar que entrando na faculdade as coisas vão mudar para melhor. 

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Profissionais ruins, público pior ainda.

Cada vez que acesso a internet dou uma olhada nos sites UOL e Globo para me informar do que anda acontecendo no mundo e sempre me surpreendo com a quantidade de babaquice publicada nesses portais. Não só impressionam com o enorme número de baboseiras que os editores querem que sejam notícias, mas também pela qualidade delas. 
Por exemplo, acho incrível que no mundo de hoje, onde as crianças podem ver pela internet cenas que nem os adultos viam nos cinemas pornôs há 30 ou 40 anos, existam tantas matérias que se preocupam com a calcinha que apareceu quando alguém se abaixou, o peito de uma apareceu no decote, e outras idiotices relacionadas à nudez. 
As olimpíadas de Londres deram ânimo aos pervertidos de plantão que se deliciam com fotos de atletas durante os treinos ou nas competições. São momentos retirados de uma sequência de movimentos e levados aos píncaros da fama, apontados que são como constrangedores. Sinceramente, acho constrangedor um portal de informação se preocupar com tamanha falta de estética e publicar tais matérias.
Mas parece que o público está sedento por essas coisas, daí as publicações.
Penso que se publicassem matérias bem articuladas e inteligentes haveria mais gente acessando esses portais. 
Mas talvez eu esteja errado. E haja vergonha para encarar tamanha ignorância pública.