Taí o livro. Leitura nostálgica "de um tempo em que não vivi", nas palavras da autora.
Textos pinçados de diversas obras que retratam a história do Recife, magistralmente alinhavados pela palavra sensível e sem pressa de Fátima. Alinhavados sim, e não costurados. O livro é leve e solto. Começa-se por onde quiser, que não há perda. Por vezes há a sensação de um divertido e instrutivo "Você sabia?". Nenhuma pretensão cronológica ou histórica no sentido mais pesado e acadêmico que isso possa ter. Apenas fatos e impressões. Fotos também. Muitas, e que nos remetem a um passado impossível de ser resgatado senão pelas mais férteis criações de nossas mentes. Para isso serve a leitura. Um roteiro para conhecer o Recife que um dia foi diferente do que vemos hoje. O Recife que cresceu e se transformou no que é hoje. Saber a história e entende-la é a forma mais fácil de viver em uma cidade.
Um comentário:
Se os novos dessem ouvidos, tivessem olhos e
dessem asas à imaginação
e não apenas corressem
em busca da sobrevivência!
Esse livro é uma cantiga de avó com neto a adormecer,
cabeça
ao colo de quem conta
e ao som de "antigamente
era assim..."
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