Pai, perdoai-os. Eles não sabem o que fazem.
A UFPE mostra a toda a sociedade sua pujança com o título de maior Universidade do Norte e Nordeste do Brasil, porém não perde seu ranço corporativista e acadêmico e mantém uma injustiça que se prolonga há vários anos. Ou poderíamos dizer décadas?
Com a nova mudança administrativa do Núcleo de TV e Rádio Universitárias, a Rádio AM teve seu antigo diretor substituído por um professor. De geografia, diga-se de passagem. Nada contra Lucivânio Jatobá ou sua possível competência administrativa dentro da área radiofônica, mas questiono do por que, mais uma vez, o nome do radialista, e um dos fundadores da Rádio Universitária, Hugo Martins foi preterido para assumir a direção da emissora.
Reaberta no final de 1999, a emissora que iria ser administrada pelo técnico Hugo Martins, foi entregue a Luís Maranhão Filho, docente, jornalista que voltava de São Paulo com o título de doutor debaixo do braço. Após alguns meses, Maranhão afastou-se da emissora e a direção foi entregue ao também docente Genival Ferreira. Hugo Martins perdeu de novo. Esse docente, professor de economia, tinha um programa na emissora e estava finalizando um curso de radialismo. Atarefado com seus compromissos não-radiofônicos, Genival saiu e a direção foi para a mão do jornalista José Bezerra, que apresentava um programa esportivo. Esse não era docente e nem dos quadros da Universidade fazia parte. Era oriundo da falecida SUDENE. Mais uma derrota de Hugo.
Depois de alguns anos a frente da emissora, José Bezerra sai agora, deixando a vaga para ser preenchida pelos votos de departamento da Academia. Saiu vencedor o departamento de Geografia, com Lucivânio Jatobá, colaborador da Rádio Universitária AM já há alguns anos. Hugo perdeu, de novo.
E assim a UFPE vai ensinando uma teoria e aplicando uma prática diferente. Lamentável descaso que a Universidade tem para com suas emissoras de rádio e TV.Talvez Hugo tenha mais competência na geomorfologia de Nova Jerusalém, onde reina incólume a sua sonoplastia nas Paixões apresentadas há mais de 40 anos. Lá não tem departamento de docentes que diga ao Magnífico Reitor quem deve ser alçado às direções.
Carlos Dantas
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