segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Quer saber?


Desde sempre fui avesso a esse negócio de dar satisfação de minha vida às pessoas. "O que você está fazendo?", "Com quem?", "Onde?" e outras perguntinhas básicas, sempre me torturaram o juízo. 
Não sou do tipo criminoso / pecaminoso / burlador de leis e normas, mas nunca fui afeito a ser controlado pelos outros, através de meus comportamentos. 
Outro "sempre" que aparece na minha vida é o fato de não querer saber essas respostas sobre a vida das outras pessoas. Que me importa saber o que você faz de sua vida? Não me venha com explicações, nem com satisfações. Não me cabem. 
Na verdade, não preciso disso para te aceitar na minha vida, nem acho que preciso disso para ser aceito.
Isso que faço agora, entretanto, é uma "satisfação" que dou aos meus ex-amigos de Facebook, através deste tópico.
Não que eu precise disso, mas foram tantos questionamentos sobre minha saída, que resolvi expor os motivos de forma bem clara. 
Exponho para que eles não continuem pensando que cada "amizade" desfeita teve um cunho pessoal. [Claro que se continuarem pensando assim, é problema deles, e sofrimento para eles próprios.]
Depois de passar muitos meses vivendo aquela realidade virtual da rede social Facebook, percebi como aquelas pessoas são (estão) carentes de aprovação por parte dos outros. Quase todos estão dando satisfação de suas vidas, como que pedindo para serem aceitos e "compartilhados". Sinto muito, mas não compartilho essa babaquice.
Postagens que mostram que as pessoas não pensam por si, mas querem mostrar que sabem o que é um pensamento. Copiam uns dos outros, como se dissessem "Eu também penso igual a você". 
Eu penso diferente.
Por isso não me adaptei àquele rede, nem aos seus modos de interação.
Preconceitos são expostos em forma de brincadeiras, e as pessoas nem percebem que estão sendo preconceituosas. Pelo menos, acho que não.
As agressões se dissimulam nas aversões futebolísticas, mas não deixam de serem notadas.
Pessoas que escrevem comentários às postagens dos outros com um singular "K", como se "KKKKKKKKKKKK" dissesse alguma coisa.
Outras, que parece nunca terem tido uma mínima educação doméstica, só "abrem a boca" para publicar palavrões, com se estivessem no meio da zona.
Percebi que o mundo faceboquiano é irreal e burro. Os critérios usados para essa conclusão são meus, e ninguém é obrigado a "compartilhar" comigo essa postura.
Nada tenho contra nenhum dos quase quatrocentos "amigos" que deletei do meu perfil. 
E o Facebook é uma rede que faz questão de mostrar os vínculos feitos, dando uma "explicação" a todo mundo sobre sua vida, porém, não mostra quando o vínculo é desfeito. As pessoas não gostam disso. De serem preteridas. 
Eu avisei a algumas que iriam ser deletadas. Não gostam de saber o que a gente faz? O que a gente pensa? Por que tanta indignação, raiva, ou medo? A vida não é assim mesmo? 
O "dar satisfação" tornou-se uma forma pervertida de "ter satisfação" ao mostrar para todo mundo que fui, participei, ganhei, tomei todas, sou cheio de vida e de amigos. E as fotos estão lá para provar e, por que não, para incutir uma ponta de inveja aos não descolados e aos que perderam a oportunidade de participar.
O vendedor de seguros de saúde acha que vai se dar bem fazendo sua promoção na rede. 
O hotelzinho de praia acha que vai encher seus quartos no fim-de-semana. 
A agência de viagens, de vender todos seus pacotes.
Os artistas, que encherão seus shows com os avisos de suas performances nos palcos da cidade. 
Os devotos de todos os santos e entidades superiores, querendo ou não, pregam suas crenças, agradecendo até pelo fato de estarem no Facebook...
O que tem de ruim nisso? Nada. Absolutamente, nada.
Mas, como disse no começo, não me apraz receber satisfação da vida dos outros.
O que antes era "compartilhado", através de spams que se enviava via e-mail a todos seus contatos, hoje se dissemina através das postagens do Facebook. 
O que antes era resolvido com um simples, mas trabalhoso, deletar de mensagens, que a gente nem abria, hoje é exposto nas postagens, com direito a comentários, os mais torpes possíveis, que a gente é obrigado a ver ...
Para mim é lamentável ter que assistir a tudo sem poder escolher. 
E receber diariamente uma avalanche de informações desse tipo, que não me diz respeito, confesso, me incomodou muito. Não culpo, não censuro, nem classifico a quem goste, ou queira ficar por lá, mas prefiro amizades no mundo real.
Há quem goste daquilo. Quem compartilhe. 
Mas eu, não.
Resolvi sair. Simples, não? 

sábado, 19 de novembro de 2011

FaceBurro



Fui advertido pelo FaceBook com uma mensagem com os seguintes dizeres: 
"Uma publicação criada por você  contém conteúdo que viola nossos Termos de uso. Esta mensagem serve como um aviso. Violações adicionais resultarão na desativação de sua conta. Leia nossos Termos cuidadosamente e não publique material abusivo no futuro. Agradecemos sua compreensão e cooperação."
 Sabe que publicação foi essa? Um aviso a algumas pessoas que eu 
 desfaria o vínculo de amizade existente. Alguém se achou no direito de fazer uma denúncia. A falta de democracia nesse mundinho virtual chega aos pés da insanidade. A mesma mensagem recebi via e-mail, porém, o FB não responde às mensgens enviadas de volta. Não sei o motivo, pois não me dizem. 
É muita arbitrariedade por parte desse "organizadores" que se acham no direito de censurar as postagens de seus usuários sem, entretanto, explicar os motivos para tal atitude.
Os termos que eles dizem que eu violei não apontam nada para o que publiquei. Por essas e por outras eu já estava de saída dessa rede social, e por isso estou desfazendo os vínculos que eu tenho por lá.