Brasília, 11 de setembro de 2012, 10 horas da manhã. Entro na aeronave da TAM para voltar a Recife e recebo o jornal Primeira Chamada, do qual algumas páginas foram escaneadas e publicadas abaixo.
Em sua primeira página (foto 1) o jornal editado pela Agência Estado, a mesma que publica o jornal O Estado de São Paulo, destaca que uma "Greve vira arma contra Obama em Chicago". Essa matéria é desenvolvida no editorial Internacional e toma a metade da página 8 (foto 2). Em outro editorial, o Vida, na página 10 (foto 3) há uma referência de apenas 1/4 de página às greves das Universidades Federais brasileiras cujo teor não dedica absolutamente nenhuma importância ao fato, apenas cita o desenrolar do movimento, diferentemente da abordagem ao fato acontecido nos EUA que mostra implicações políticas, educacionais e econômicas.
A Agência Estado com sua linha editorial deixa bem claro que uma greve de professores municipais de Chicago, no estado norte-americano do Illinois é muito mais importante que a greve que paralisou 98% das Instituições Federais de Ensino Superior do Brasil - leia-se Universidades e Institutos Técnicos.
Talvez seja distorção de minha percepção achar que algo de estranho está acontecendo na mídia brasileira quando ela se refere às greves que atingem o governo e o povo brasileiro de forma tão inócua e desprezível, mas, sinceramente, não consigo entender o porquê da greve de lá ser tão mais importante que a nossa...
Isso é grave!
foto 1
foto 2
foto 3
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