sábado, 31 de maio de 2008

Brega, sertanejo, romântico e outros trastes


É comum torcermos o nariz (ou seria melhor dizer "os ouvidos"?) quando se trata de músicas muito populares. Na verdade as pessoas costumam classificar as coisas, e isso é a base da ciência, mas há critérios e "critérios". Há quem classifique as coisas com o referencial interno: "se eu gosto é bom; se não gosto é ruim". Se pensarmos em música, isso acontece com mais freqüência do que imaginamos. Música é um objeto a ser apreciado e que pode agradar e desagradar às pessoas, mas nós é que somos preconceituosos e covardes. Não temos coragem de ouvir o que achamos ruim, e dizemos que é ruim sem nem ouvirmos... Que capacidade nós temos de rejeitar o desconhecido. Se, entretanto, o material é "made in USA" a aceitação é quase garantida e vira sinônimo de bom gosto. Assim o sertanejo brasileiro é brega e sem valor, mas se for country americano, tem valor. Se for Wyllie Nelson, Poco, Johnny Cash, Dolly Parton, ou até o maior de todos, o Elvis Presley, aí a coisa é diferente. O romântico vai na mesma pisada. Deixemos de hipocrisia e medo e descubramos o valor de nossos artistas de suas produções artísticas. Vale a pena, nem que seja para se divertir. Ninguém vai ficar chateado se você ouvir a música ou recomendá-la só de chinfra, só pra zonar. O mundo é brega, seja você também. Ouça.

Um comentário:

Anônimo disse...

Dantas,
você é cegonheiro?