quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ciclovia Crucis


As maiores e mais civilizadas cidades do mundo têm ciclovias, e isso é muito bom para a sociedade e para a saúde das pessoas. 
Andando na linha dessas suas irmãs maiores, Olinda também tem uma ciclovia, que fica margeando a sua avenida litorânea no Bairro Novo até o limite com Casa Caiada. 
A cidade tenta, até, ser civilizada, mas seus moradores não querem saber de evoluir.
A prefeitura, coitada, pena pra fazer da delgadíssima Av. Ministro Marco Freire um corredor para veículos motorizados, estacionamento no lado da praia, via para bicicletas, e uma pista de corrida inserida no calçadão. 
Diz um ditado que quem nunca comeu mel, quando come se lambuza. Parece que a metáfora se aplica aos olindenses, que podem se dar ao luxo de dizer que possuem uma ciclovia. 
Entretanto a ciclovia vive vazia. 
Não existem bicicletas, então? Há, e muitas, mas elas trafegam no calçadão. 
Às vezes até motos são encontradas por lá!
Sugiro que a prefeitura faça uma pesquisa para saber o porque da não utilização da ciclovia. A edilidade podia aproveitar a Faculdade de Turismo de Olinda, situada ali na praia, em frente ao calçadão e à ciclovia, e assinar um convênio para os estudantes serem os pesquisadores e entrevistadores. Muitos deles estão sempre ali na frente mesmo, lanchando, batendo papo, namorando. Podiam pegar pranchetas e formulários de pesquisa e abordar os recalcitrantes ciclistas da pista de corrida e perguntar "por que você não usa a ciclovia?". 
Talvez as respostas dêem subsídios à prefeitura para uma ação de cunho social mais efetivo e positivo para todos, pois se a ciclovia não é utilizada, desative e voltem os carros a passar por ali, alargando um pouco mais as espremidas vias destinadas a eles.
Se é para continuar tendo a ciclovia, que os ciclistas sejam orientados para não circular no calçadão, impedidos e até multados se fizerem isso. 
O problema vai ser achar quem faça essa fiscalização, mas dou uma sugestão: o faturamento com as multas vai dar para pagar a guarda municipal destinada a fazer esse serviço. Serviço, diga-se de passagem, é o que não vai faltar. 



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