Tenho um acordo com os mortos: Eu não os visito; eles não me visitam.
sábado, 2 de novembro de 2013
domingo, 27 de outubro de 2013
Carnaval novo em tempo antigo
A fim de exercer o legítimo direito de ser folião, resolvi fazer uma "desomenagem" aos blocos líricos do carnaval do Recife. Prontinha para você ouvir aqui na minha interpretação.
Antiga Mente
Carlos Dantas
Não quero mais saber de
andar de bonde Tampouco, de viver de
ilusões
Pierrô, amarre toda a
poesia Com as cordas desses velhos
violões
As flores já murcharam
de saudade O galo, de tão velho, já
morreu
Eu quero é mais que o
siri esteja na lata Mas vai pro rio, que
o Ibama apreendeu
- Refrão -
Fica no passado antiga
mente E não venha mais me assombrar
Eu sou folião, não sou
demente Se não vivi, como é que vou me
lembrar? (bis)
Nunca vi aurora com o
sol se pondo Quero futuro e não mais
evocações
E aquele bimbalhar de
fantasias É bem melhor penduricar nos
barracões
As pastoras hoje não
pastoram nada Até o velho já desapareceu
A vassourinha tinha
cabo de madeira E o cupim, até a flauta,
ele roeu
Fica no passado antiga
mente E não venha mais me assombrar
Eu sou folião, não sou
demente Se não vivi, como é que vou me
lembrar? (bis)
Já não sou mais
inocente, nem rebelde Nem batuta, nem menestrel
no Pina
E não tenho mais Lily
no coração No carnaval sou folião, é
minha sina
Os valores do passado se perderam E o frevo na Bahia se meteu
Se você não entende
como canto isso É só porque você não
pensa como eu (bis)
Fica no passado antiga
mente E não venha mais me assombrar
Eu sou folião, não sou
demente Se não vivi, como é que vou me
lembrar?
domingo, 13 de outubro de 2013
Bregar sem brigar
Tem gente que se acha! “Se acha” no
direito de dizer que Restart, Teló, duplas caipiras, e outras manifestações
musicais e artísticas não têm valor, e merecem, por isso, ser criticadas e
desvalorizadas.
Ignorantes
de sua própria cultura, essas pessoas não sabem nem que fazem parte da mesma
sociedade que consome esses produtos por eles desprezados. Cuidam com carinho
do preconceito e da discriminação que vive dentro do peito, mas se colocam como
defensores do que é bom e do que é cultura, como se isso fosse algo a ser
controlado.
Essas pessoas se dizem democráticas
e, apenas, criticam esses artistas e essas manifestações, somente porque alguém
disse que não prestava e elas acreditaram. Na maioria das vezes nunca nem
escutaram as músicas que deploram. E sabem por que? Têm medo de gostar se
ouvirem.
Nas redes sociais fazem apologia à
amizade, ao respeito; compartilham ideias e pensamentos que, teoricamente,
enaltecem valores positivos da humanidade, mas são os primeiros a repassar
fotos montadas que avacalham com alguém, mostram pessoas em situações
vexatórias, denigrem a dignidade de desconhecidos, numa brincadeira de mau
gosto e de consequências pouco previsíveis.
Comentam informações sem terem o
mínimo de conhecimento do fato. Só porque alguém publicou algo, essas pessoas
lêem, e já acham que é verdade.
Como são fúteis e perigosas essas
pessoas. Como são desprezíveis, assim como suas atitudes que desprezam os
valores dos outros.
Só sabem olhar para o seu próprio
umbigo. Só esquecem de lavar o umbigo na hora do banho.
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Sem maquiagem
De repente tudo é motivo para o povo ir às ruas e protestar. O ônibus demora? Vamos pro meio da rua! O médico não atende no Posto de Saúde? Vamos pro meio da rua! A passagem aumentou? Vamos pro meio da rua! Construíram um estádio de futebol e não escolas? Vamos pro meio da rua!
Um sentimento de civilidade e patriotismo tomou conta dos brasileiros, entretanto na onda do coletivo, há alguns aproveitadores que desvirtuam o processo de exigência dos direitos básicos da população. Vândalos por ideologia, por estarem sendo pagos por forças interessadas em avacalhar com o processo, ou simplesmente por serem baderneiros mesmo que procuram dar vazão aos seus mais perversos instintos acabam por roubar a atenção da mídia e desviando o foco principal das manifestações e, o que é pior, dando outra direção ao caminho a ser percorrido em busca da democracia. As autoridades estabelecidas se esforçam para combater os excessos desses desviantes usando, literalmente, a força. Isso dá chance para que os vândalos se tornem mais agressivos.
Uma manifestação aqui, outra ali, mais outra naquele lugar... Daqui a pouco encontramos manifestantes em todos os rincões do país. O que era passível de ser visto apenas pela televisão acontecendo na Av. Paulista, ou na Candelária, é encontrado agora ao vivo, aqui na esquina. Aparecem logo os que defendem a volta dos militares para "por em ordem as coisas e levar essa canalha toda em cana, de preferência embaixo de muita porrada".
Se nos detivermos a observar somente uma ou outra manifestação, não daremos conta do todo que está acontecendo na sociedade brasileira. Não é privilégio nosso. O mundo está em convulsão política e econômica. Mas isso não é novidade. Alguma coisa está para acontecer e não será necessariamente positivo em seus resultados. É hora de recolher e ficar em casa? Não creio, mas é, certamente, hora de ter cuidado com o que está acontecendo nas ruas para que não se perca o controle e uma guerra civil acometa nossa sociedade. Há políticos ruins no poder? Claro que sim, mas fomos nós quem os pusemos lá de forma ordeira e democrática. Tirá-los de lá deve ser feito da mesma forma. Sem baderna, sem violência. Se não a gente perde o respeito e os direitos tão duramente conseguidos.
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Novos sites
Frevo de Lula Cardoso Ayres
Percebendo a falta de um site que contenha informações reunidas sobre frevo, resolvi encarar o desafio e já comecei a rascunhar um.
Acesse e dê sugestões e opiniões. Precisamos dar as mãos para "dançar essa música".
Ouvindo Frevo
Assinar:
Postagens (Atom)