domingo, 25 de dezembro de 2011

Ano, de novo. Mendigando mandingas.


Depois de uma semana "virada no cão" para fazer face às demandas natalinas, meio mundo se volta, agora, para as realizações do reveillon. Mais uma forçada de barra na tentativa de ser feliz por um momento, em um momento, como se a vida se baseasse nessa busca e/ou nessa conquista.
Certamente será mais uma semana pesada na tentativa de colocar tudo em ordem para viver, numa boa, a hora de ver fogos de artifícios pipocando no céu, abrir uma garrafa de qualquer coisa que estoure feito champagne, e se abraçar com familiares, amigos e gente que a gente nunca viu antes na vida, desejando sucesso, felicidade e outras coisas que a gente vive correndo atrás o ano inteiro.
De cara, a primeira preocupação é com o tempo: será que vai chover?
Grandes tolices sustentam esse ritual como se alguma coisa fosse ficar diferente só por causa dele.
Psiquicamente falando, é realmente importante, pois as pessoas tem o costume de limitar e condicionar suas ações, e a partir daí viverem suas vidas. Elas se colocam em trilhos imaginários e seguem determinados caminhos como se não pudessem mudar de rumo a qualquer instante desejado e seguir para onde bem entender. Essa "prisão" auto-imposta dá a segurança necessária para viver em paz. E o desafogo vem através de festas como essa que vivemos agora como o Natal e o Reveillon.
Uma delas era para ter um certo caráter religioso. O Natal era assim. Já foi-se o tempo disso. Hoje é apenas mais um momento de fugir do dia-a-dia comum e estafante e sem graça que vivemos, e cair na folia das compras, onde compramos bagatelas para presentear os outros, e torcemos para que ganhemos algum presente interessante, e de preferência, completamente diferente daqueles que compramos para dar.
As tradições vão perdendo força e sendo substituídas por ações sem conteúdo, e com formas cada vez mais estranhas.
Atualmente nem mais o Papai Noel tem mais o carisma que tinha há algumas décadas. Hoje é menino propaganda de consumo, e só. E já começa a aparecer na mídia em meados de setembro. 
Se a festa do Natal era religiosa, o que dizer da passagem do ano? Profanismo ecumênico puro.
Nessa hora, todo mundo resolve apelar para todos os santos possíveis e imaginários, de todas as religiões.
O importante é garantir a boa vivência da existência terrena nos próximos meses do ano novo. Vou vestir roupa dessa cor pra isso, comer não sei o que pra aquilo, dar pulinhos, ficar de costas, num pé só, rezar, gritar, fechar os olhos...
É tanta mandinga que inventam, que fico a me perguntar se realmente estamos no século 21, mundo dominado por máquinas e pela tecnologia. 
Como que tantas pessoas conseguem se enganar com tamanhas tolices vindas de tempos em que os homens precisavam se esconder em cavernas para se proteger de seus inimigos? Será que a humanidade evoluiu mesmo? Tenho minhas dúvidas.
Eu vou ficar torcendo para que o mundo continue tendo seus amanheceres todos os dias, mesmo que não signifiquem um ano novo. Quem sabe, um dia, a gente resolva comemorar apenas o fato de estarmos juntos de quem a gente gosta. Comemorar exatamente isso: estar junto e gostar. Sem necessidade de ser esse ou aquele dia. E se for para comemorar esse ou aquele dia, que façamos isso mesmo, sem deturpações comerciais, afinal de contas o mundo é mundo com suas superstições e mandingas bem antes do dinheiro existir.
Boa continuação de sua existência nos próximos dias. E que sejam muitos deles.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Neuróticos a postos



Analisando bem nossa sociedade, podemos perceber que existem, pelo menos, dois grandes grupos de pessoas: os que têm dinheiro para gastar, e os que não têm. 
O uso da possibilidade de converter em bens essa dinheirama toda é a base de uma neurose econômica que permeia nossa sede de consumo. 
Quem não tem dinheiro para gastar fica angustiado em não ter aquilo que acha necessário. 
Quem tem dinheiro para gastar fica angustiado por ter aquilo que é supérfluo. Mas o interessante é que essa angústia não é, necessariamente sentida ou vivida como negativa. Ela pode ser considerada como a felicidade na hora em que é vivida. 
Há pobres (economicamente falando) que desprezam os valores consumistas e mercantilistas que estruturam nossa sociedade. Eles escondem a angústia do não ter sentindo-se felizes, ou resignados por viverem à margem do consumismo. Outros pobres amaldiçoam a tudo e a todos por serem incapazes de consumirem.
Há ricos que retém tudo o que podem com medo de um dia perderem o poder de consumir. Eles escondem a  angústia do ter sentindo-se felizes em saber que podem.
Há ricos que gastam em tudo que podem para, somente desta forma, poderem sentir-se felizes. Consumindo.
Na verdade todas as pessoas que fazem parte desses grupos são portadores de distúrbios psicológicos causados pela sanha mercantilista e consumista que permeia nossas vidas. 
São neuróticos prontos a matar e a morrer por uma sensação de felicidade efêmera originada nessa relação com o vil metal, que hoje é cada vez mais feito de plástico.
Não há religião ou terapia que alivie ou resolva tais questões, afinal de contas essas opções contam com o uso do dinheiro para serem realizadas.
Repensar nossos vínculos emocionais com a sociedade e com suas pressões por dinheiro é um caminho a ser seguido por quem quer um pouco de paz no espírito. 
Paz que não se  encontra à venda em lugar algum.  

 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Quer saber?


Desde sempre fui avesso a esse negócio de dar satisfação de minha vida às pessoas. "O que você está fazendo?", "Com quem?", "Onde?" e outras perguntinhas básicas, sempre me torturaram o juízo. 
Não sou do tipo criminoso / pecaminoso / burlador de leis e normas, mas nunca fui afeito a ser controlado pelos outros, através de meus comportamentos. 
Outro "sempre" que aparece na minha vida é o fato de não querer saber essas respostas sobre a vida das outras pessoas. Que me importa saber o que você faz de sua vida? Não me venha com explicações, nem com satisfações. Não me cabem. 
Na verdade, não preciso disso para te aceitar na minha vida, nem acho que preciso disso para ser aceito.
Isso que faço agora, entretanto, é uma "satisfação" que dou aos meus ex-amigos de Facebook, através deste tópico.
Não que eu precise disso, mas foram tantos questionamentos sobre minha saída, que resolvi expor os motivos de forma bem clara. 
Exponho para que eles não continuem pensando que cada "amizade" desfeita teve um cunho pessoal. [Claro que se continuarem pensando assim, é problema deles, e sofrimento para eles próprios.]
Depois de passar muitos meses vivendo aquela realidade virtual da rede social Facebook, percebi como aquelas pessoas são (estão) carentes de aprovação por parte dos outros. Quase todos estão dando satisfação de suas vidas, como que pedindo para serem aceitos e "compartilhados". Sinto muito, mas não compartilho essa babaquice.
Postagens que mostram que as pessoas não pensam por si, mas querem mostrar que sabem o que é um pensamento. Copiam uns dos outros, como se dissessem "Eu também penso igual a você". 
Eu penso diferente.
Por isso não me adaptei àquele rede, nem aos seus modos de interação.
Preconceitos são expostos em forma de brincadeiras, e as pessoas nem percebem que estão sendo preconceituosas. Pelo menos, acho que não.
As agressões se dissimulam nas aversões futebolísticas, mas não deixam de serem notadas.
Pessoas que escrevem comentários às postagens dos outros com um singular "K", como se "KKKKKKKKKKKK" dissesse alguma coisa.
Outras, que parece nunca terem tido uma mínima educação doméstica, só "abrem a boca" para publicar palavrões, com se estivessem no meio da zona.
Percebi que o mundo faceboquiano é irreal e burro. Os critérios usados para essa conclusão são meus, e ninguém é obrigado a "compartilhar" comigo essa postura.
Nada tenho contra nenhum dos quase quatrocentos "amigos" que deletei do meu perfil. 
E o Facebook é uma rede que faz questão de mostrar os vínculos feitos, dando uma "explicação" a todo mundo sobre sua vida, porém, não mostra quando o vínculo é desfeito. As pessoas não gostam disso. De serem preteridas. 
Eu avisei a algumas que iriam ser deletadas. Não gostam de saber o que a gente faz? O que a gente pensa? Por que tanta indignação, raiva, ou medo? A vida não é assim mesmo? 
O "dar satisfação" tornou-se uma forma pervertida de "ter satisfação" ao mostrar para todo mundo que fui, participei, ganhei, tomei todas, sou cheio de vida e de amigos. E as fotos estão lá para provar e, por que não, para incutir uma ponta de inveja aos não descolados e aos que perderam a oportunidade de participar.
O vendedor de seguros de saúde acha que vai se dar bem fazendo sua promoção na rede. 
O hotelzinho de praia acha que vai encher seus quartos no fim-de-semana. 
A agência de viagens, de vender todos seus pacotes.
Os artistas, que encherão seus shows com os avisos de suas performances nos palcos da cidade. 
Os devotos de todos os santos e entidades superiores, querendo ou não, pregam suas crenças, agradecendo até pelo fato de estarem no Facebook...
O que tem de ruim nisso? Nada. Absolutamente, nada.
Mas, como disse no começo, não me apraz receber satisfação da vida dos outros.
O que antes era "compartilhado", através de spams que se enviava via e-mail a todos seus contatos, hoje se dissemina através das postagens do Facebook. 
O que antes era resolvido com um simples, mas trabalhoso, deletar de mensagens, que a gente nem abria, hoje é exposto nas postagens, com direito a comentários, os mais torpes possíveis, que a gente é obrigado a ver ...
Para mim é lamentável ter que assistir a tudo sem poder escolher. 
E receber diariamente uma avalanche de informações desse tipo, que não me diz respeito, confesso, me incomodou muito. Não culpo, não censuro, nem classifico a quem goste, ou queira ficar por lá, mas prefiro amizades no mundo real.
Há quem goste daquilo. Quem compartilhe. 
Mas eu, não.
Resolvi sair. Simples, não? 

sábado, 19 de novembro de 2011

FaceBurro



Fui advertido pelo FaceBook com uma mensagem com os seguintes dizeres: 
"Uma publicação criada por você  contém conteúdo que viola nossos Termos de uso. Esta mensagem serve como um aviso. Violações adicionais resultarão na desativação de sua conta. Leia nossos Termos cuidadosamente e não publique material abusivo no futuro. Agradecemos sua compreensão e cooperação."
 Sabe que publicação foi essa? Um aviso a algumas pessoas que eu 
 desfaria o vínculo de amizade existente. Alguém se achou no direito de fazer uma denúncia. A falta de democracia nesse mundinho virtual chega aos pés da insanidade. A mesma mensagem recebi via e-mail, porém, o FB não responde às mensgens enviadas de volta. Não sei o motivo, pois não me dizem. 
É muita arbitrariedade por parte desse "organizadores" que se acham no direito de censurar as postagens de seus usuários sem, entretanto, explicar os motivos para tal atitude.
Os termos que eles dizem que eu violei não apontam nada para o que publiquei. Por essas e por outras eu já estava de saída dessa rede social, e por isso estou desfazendo os vínculos que eu tenho por lá.  

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A USP sem cuspe.

Metidos numa carapuça de seres democráticos, alguns estudantes da USP se acham cidadãos diferenciados do resto da sociedade. Talvez por terem sido malcriados por seus pais que não souberam impor limites, nem repassar conceitos básicos do que é uma sociedade, eles pleiteiam o direito de consumirem drogas sem serem molestados. Como se o consumo de drogas fosse permitido. Numa ação anárquica, um punhado desses maus elementos, que certamente não representam a comunidade universitária em questão, se aglutinou e reagiu contra a polícia que agia para dar tranquilidade ao Campus. Como se não bastasse a revolta, com direito a paus e pedras contra os policiais, os marginais consumidores de drogas, invadiram um prédio da Universidade e, com cartazes, faixas e bilhetes, exigem a saída do reitor e da polícia, bem como a anulação de um convênio assinado entre a USP e a Polícia Militar que visa dar mais segurança aos estudantes.
Tolos os estudantes que viajam nas ideias dos bandidos que se beneficiam com a situação. Simplórios e estúpidos esses jovens que se acham melhores que seus pares, e pensam que a universidade é um lugar para fazer besteiras, e não criar condições de se melhorar a sociedade. Broncos esses pseudo-cidadãos que acham que dar “um tapa na erva maldita” não tem relação nenhuma com toda a teia criminosa que acabaram por fazer deles mesmos, as próximas vítimas, afinal quem trafica, rouba, estupra, seqüestra e mata.
Cabe a USP chamar os pais desses rebeldes e fazer uma reunião de pais e mestres para discutir a questão. Será que esses pais sabem que seus filhos agem assim, tentando desmoralizar o ensino brasileiro?  Será que esses pais concordam com essa postura arrogante e burra que esses jovens tomam agora? Será que esses estudantes são aqueles que terão nas mãos o futuro do país. Se forem, poderemos esperar algo de muito trágico para nossa descendência.
Fiquemos no aguardo da parte sadia da comunidade universitária se manifestar. Será que ela vai assistir calada e inerme a vitória da bandidagem ou vai pedir a prisão desses bandidos travestidos de colegas. Eles sim, são perigosos e fazem mais mal do que a polícia procurando maconheiros em ação.    

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Quem te viu, quem te vê...


Muito, e mal, se fala da televisão aberta no Brasil, dizendo que a programação é tão ruim que é melhor nem assistir, e que a solução é pagar uma TV por assinatura.
Sou de um tempo em que a televisão começava a transmitir no fim da manhã e mantinha programação até à meia-noite. Alguns canais saiam do ar mais cedo, às 22 horas. E naquela época não se podia fazer muita exigência, ou escolha. Ou era, ou não. Todos nós assistíamos os mesmos seriados, as mesmas novelas, os mesmos noticiários, os mesmos humoristas. Não cabe avaliar se era bom, ou não, mas destacar que a realidade era outra.
Atualmente as TVs transmitem ininterruptamente, e disputam um mercado de telespectadores cada vez mais segmentado e (por que não dizer?) burro.
Fico surpreso ao perceber que quanto mais condições tecnológicas e de conhecimento se tem, menos qualidade se exige nos conteúdos dos programas.
Exemplifico meu espanto: dia desses estava assistindo uma sessão de “controle remoto” entre as dezenas de canais de uma TV por assinatura e fui brindado com uma conversa entre duas mulheres (uma delas parecia ser jornalista, pois comandava a entrevista), e a outra, sinceramente não faço ideia de quem era e, confesso, fiquei sem vontade nenhuma de saber... O canal era a GNT.
A entrevistada estava no Canadá e se gabava de morar num país civilizado onde “os motoristas não atropela as pessoas nas ruas”. Conversa vai, conversa vem (as duas andando nas ruas), começam a falar de banheiro, e tivemos que ser forçados a ouvir a seguinte conversa:
-Eu não dou descarga em banheiro público com as mãos. Eu aperto com o pé assim, ó! (E gestualmente mostra a delicadeza de como dá descarga).
A repórter pergunta:
- Mas você lava as mãos?
- Não, porque na verdade em não pego em nada. Eu tenho horror de torneiras e de maçanetas. Eu não pego nem na...
- Então você não põe a mão na xoxota?
- (risos) Não.
- Eu geralmente faço um exercício mental na hora de fazer xixi em banheiro público. Faço de conta que estou treinando minhas pernas e fico assim, sem encostar no vaso... (Mostra a posição)
Mudei de canal e dei uma passada no Discovery Channel, que apresentava suas atrações diárias. A cena é insólita: Um homem de costas para a câmera, com uma mulher agachada ao seu lado dizendo:
- Eu tenho que beber seu mijo? (Corte para ela bebendo e fazendo uma careta) com a voz dele ao fundo: - Eu ia dividir com você. Logo depois ele aparece com um besouro gigantesco nas mãos oferecendo a ela o seu café-da-manhã; e logo depois ele sentado sem calças com as pernas abertas na frente dela dizendo que ela terá que fazer uma lavagem nele. Ela concorda.
Corta para outra atração da emissora: Em off o locutor anuncia “Nada como um café-da-manhã reforçado”. AS imagens mostram um sujeito com um inseto vivo nas mãos levando-o à boca para mastigá-lo.
Fiquei pensando: Onde eu peguei o caminho errado da evolução e não corroboro com esse tipo de produção?
E nem nacionais elas são... Será que o público gosta mesmo dessas aberrações? É normal que o homem comum goste de ver coisas estranhas e esquisitas. Dessa “normal” vontade surgiram os circos e os museus, oriundos dos “gabinetes de observação” onde muitas atrações eram fraudadas para parecerem mais estranhas ainda. Os tolos pagavam e se divertiam vendo monstruosidades da natureza e outras coisas espetaculares e mentirosas.
Pergunto para que estou pagando uma TV por assinatura se ela não me oferece muita coisa interessante, cultural, ou de entretenimento que eu possa classificar como “assistível”.       
Quem são os produtores desses programas e quem são os programadores dessas televisões? Que tipo de infância eles tiveram, e que tipo de educação eles tiveram? Acho que as pessoas eram mais saudáveis quando as emissoras de televisão entravam no ar já no meio da manhã e eram desligadas durante a madrugada. Só posso responsabilizar a própria TV pela falta de orientação dessas pessoas. Que vão desorientando mais gente, que cisma em ficar à frente da TV assistindo essas “atrações”. Eu prefiro desligar a TV.
  

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Cotas e rotas tranversas

No Rio de Janeiro os legisladores aprovaram a reserva de cotas para negros e indígenas. Vejo essa ação como mais um passo na contra-mão da história, quando as pessoas ficam cada vez mais cheias de separatismos e corporativismos. 
Não quero entrar na questão de desigualdade social através dos séculos que atrapalharam a vida dos que não eram brancos em nossa tão miscigenada terra brasilis, apenas ressalto que estamos, cada vez mais, abrindo escopos para a caracterização de outras discriminações.
Nos tempos coloniais e escravocratas, era péssimo negócio ser negro ou indígena, mas não era nada bom não ser europeu. Gente, mesmo branca, nascida nos confins desse mundão "descoberto" por Cabral era de pouco valor.
Passados alguns séculos, as pessoas continuam a se agregar em grupos, exaltando algumas características e tentando conseguir para si facilidades em tudo.
No caminho que estamos seguindo, em breve vamos ver manifestações para cotas para militares, para evangélicos, para presidiários, para mulheres, para tatuados, para idosos, para doentes (doentes de verdade: luéticos, aidéticos, tuberculosos, hepatíticos), e outras categorias que não consigo prever agora.
Duro vai ser para aquelas pessoas que não se encaixarem em tantas listas. Será que elas terão oportunidade a se candidatar a alguma vaga numa universidade ou num emprego público. Ou elas terão que se mobilizar para exigir uma cota para elas também?     

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Centenário Amaro Quintas

A CEPE - Companhia Editora de Pernambuco - lançará no dia 21, às 19 horas, na Academia Pernambucana de Letras, um belo volume, contendo as suas 3 principais obras: "O Sentido Social da Revolução Praieira", "A Revolução de 1817", "O Padre Lopes Gama: um analista político do século passado". Além do lançamento, o Evento contará com uma conversa com a historiadora Socorro Ferraz, da Universidade Federal de Pernambuco e com o jornalista Ivanildo Sampaio, editor do Jornal do Commercio. A cerimônia ainda será brindada com a Apresentação do Quarteto Vicente Fitipaldi,  do Conservatório Pernambucano de Música.
Historiador, advogado, professor e escritor, era um dos mais conceituados historiadores pernambucanos e um dos melhores professores de História dos colégios e universidades de Pernambuco.

domingo, 12 de junho de 2011

São João diferente no Teatro de Santa Isabel


Quem não está a fim de ficar só ouvindo forró, tem uma ótima oportunidade de dar um tapa na cultura. Veja só:

ÁRIAS  AO  FIM  DA  TARDE  -    GIACOMO  PUCCINI

     Raquel do Monte(soprano) & Rachel Casado(piano)
      Local: Salão Nobre do Teatro de Santa Isabel
     Data: 19 de Junho
     Hora: 17 horas - Entrada: Franca

PROGRAMA
PARTE  I
    “O mio babbino caro” (Gianni Schicchi)
     “In quelle trine morbide” (Manon Lescaut)
     “Senza mamma” (Suor Angelica)
     “Tu, che di gel sei cinta” (Turandot)
     “Chi il bel sogno di Doretta” (La Rondine)

PARTE  II

      “Mi chiamano Mimi” (La Bohème)
      “Donde lieta usci” (La Bohème)
       “Um bel dì vedremo” (Madama Butterfly)
      “Vissi d’arte” (Tosca)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Entre o adequado e o inadequado, prefiro ficar com o certo, mesmo...


Crônica publicada no Jornal do Brasil


Livros pra inguinorantes, por Carlos Eduardo Novaes

Confeço qui to morrendo de enveja da fessora Heloisa Ramos que escrevinhou um livro cheio de erros de Português e vendeu 485 mil ezemplares para o Minestério da Educassão. Eu dou um duro danado para não tropesssar na Gramática e nunca tive nenhum dos meus 42 livros comprados pelo Pograma Naçional do Livro Didáctico. Vai ver que é por isso: escrevo para quem sabe Portugues!

A fessora se ex-plica dizendo que previlegiou a linguagem horal sobre a escrevida. Só qui no meu modexto entender a linguajem horal é para sair pela boca e não para ser botada no papel. A palavra impreça deve obedecer o que manda a Gramática. Ou então a nossa língua vai virar um vale-tudo sem normas nem regras e agente nem precisamos ir a escola para aprender Português.

A fessora dice também que escreveu desse jeito para subestituir a nossão de “certo e errado” pela de “adequado e inadequado”. Vai ver que quis livrar a cara do Lula que agora vive dando palestas e fala muita coisa inadequada. Só que a Gramatica eziste para encinar agente como falar e escrever corretamente no idioma portugues. A Gramática é uma espéce de Constituissão do edioma pátrio e para ela não existe essa coisa de adequado e inadequado. Ou você segue direitinho a Constituição ou você está fora da lei - como se diz? - magna.

Diante do pobrema um acessor do Minestério declarou que “o ministro Fernando Adade não faz análise dos livros didáticos”. E quem pediu a ele pra fazer? Ele é um homem muito ocupado, mas deve ter alguém que fassa por ele e esse alguém com certesa só conhece a linguajem horal. O asceçor afirmou ainda que o Minestério não é dono da Verdade e o ministro seria um tirano se disseçe o que está certo e o que está errado. Que arjumento absurdo! Ele não tem que dizer nada. Tem é que ficar caladinho por causa que quem dis o que está certo é a Gramática. Até segunda ordem a Gramática é que é a dona da verdade e o Minestério que é da Educassão deve ser o primeiro a respeitar.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Tem ônibus na linha?


Mal falei das vias olindenses, volto à carga, dessa vez no Recife. Infelizmente é comum os veículos pequenos percorrerem a faixa exclusiva para ônibus na Avenida Caxangá.
Não importa a hora, os indisciplinados estão sempre lá. Acham eles que estão sendo espertos e melhorando a vida deles, mas a verdade é que atrapalham, ainda mais, o trânsito, pois, lá na frente eles têm que voltar às faixas que eles deixaram. Então, a fim de que eles entrem na frente de alguém,  é um tal de pára-pára que só piora a situação. 
Hoje de manhã passei por lá e estava com a câmera na mão...











































Essa sequência de fotos foi tirada em apenas 5 minutos

Descobri um blog intitulado Blog das Infrações de Trânsito que colocou outros flagrantes.

Perguntas que não se calam:

É assim que estamos nos preparando para a Copa 2014?
Por que esses motoristas agem assim? 
É só falta de punição?
Cadê a fiscalização?


Fotos: Carlos Dantas

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ciclovia Crucis


As maiores e mais civilizadas cidades do mundo têm ciclovias, e isso é muito bom para a sociedade e para a saúde das pessoas. 
Andando na linha dessas suas irmãs maiores, Olinda também tem uma ciclovia, que fica margeando a sua avenida litorânea no Bairro Novo até o limite com Casa Caiada. 
A cidade tenta, até, ser civilizada, mas seus moradores não querem saber de evoluir.
A prefeitura, coitada, pena pra fazer da delgadíssima Av. Ministro Marco Freire um corredor para veículos motorizados, estacionamento no lado da praia, via para bicicletas, e uma pista de corrida inserida no calçadão. 
Diz um ditado que quem nunca comeu mel, quando come se lambuza. Parece que a metáfora se aplica aos olindenses, que podem se dar ao luxo de dizer que possuem uma ciclovia. 
Entretanto a ciclovia vive vazia. 
Não existem bicicletas, então? Há, e muitas, mas elas trafegam no calçadão. 
Às vezes até motos são encontradas por lá!
Sugiro que a prefeitura faça uma pesquisa para saber o porque da não utilização da ciclovia. A edilidade podia aproveitar a Faculdade de Turismo de Olinda, situada ali na praia, em frente ao calçadão e à ciclovia, e assinar um convênio para os estudantes serem os pesquisadores e entrevistadores. Muitos deles estão sempre ali na frente mesmo, lanchando, batendo papo, namorando. Podiam pegar pranchetas e formulários de pesquisa e abordar os recalcitrantes ciclistas da pista de corrida e perguntar "por que você não usa a ciclovia?". 
Talvez as respostas dêem subsídios à prefeitura para uma ação de cunho social mais efetivo e positivo para todos, pois se a ciclovia não é utilizada, desative e voltem os carros a passar por ali, alargando um pouco mais as espremidas vias destinadas a eles.
Se é para continuar tendo a ciclovia, que os ciclistas sejam orientados para não circular no calçadão, impedidos e até multados se fizerem isso. 
O problema vai ser achar quem faça essa fiscalização, mas dou uma sugestão: o faturamento com as multas vai dar para pagar a guarda municipal destinada a fazer esse serviço. Serviço, diga-se de passagem, é o que não vai faltar. 



quarta-feira, 25 de maio de 2011

Na II Jornada Pedagógica do Centro de Educação da UFPE



O curso terá Desenho, com Erilze Brito, Informática com Carlos Dantas, e Normas da ABNT, com Mônica Uchoa.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A covardia do nosso dia-a-dia


Da noite pro dia a professora Amanda virou notícia nacional por denunciar descalabros na Educação. Não viu ainda o video? Veja aquiDescalabros que todos conhecem bem. Curioso é que quando alguém fala como essa profª Amanda, todo mundo aplaude e começam a repetir coisas como "Finalmente, alguém teve a coragem de romper o silêncio". 
Ela não é a primeira, nem será a última a virar notícia por nos mostrar a nossa própria realidade, então vem a pergunta: Por que não há mudança nenhuma, se de vez em quando alguém tem coragem de denunciar a situação? 
É simples responder essa pergunta: Somente porque só se levantam uma ou duas vozes descontentes. O resto fica calado, e quem cala, consente.
Por que temos que esperar alguém dizer isso? Por que nós mesmos não dizemos? Por que dizemos que achamos ruins nossos governantes, as nossas condições de trabalho, os nossos salários, a roubalheira, o descaso, a corrupção e não fazemos nada além de se queixar aos nossos amigos e familiares?
Sabe por que não agimos como Amanda? Porque temos medo de sermos considerados ridículos! Temos medo de perder nossos empregos que nos paga mal e contrariar nossos patrões que nos trata mal.
Ela deu a cara à tapa por nós. Cristo foi mais longe... E daí? Nada mudou!
Com Amanda se dará o mesmo, ou seja: Nada vai acontecer.  Por sua atitude enérgica e extremamente coerente talvez seja cooptada por algum partido político interesseiro que a candidate a algum cargo político e se eleja deputada. 
Quem sabe a Playboy lhe ofereça alguns cobres a mais em sua minguada conta bancária para mostrar toda sua coragem nas páginas coloridas da revista!
Enquanto acharmos que a postura da professora é algo inédito e que quebra o marasmo de nossas existências vis, tudo continuará do mesmo jeito. Bom será quando ações como a dela forem tão comuns e aconteçam em tantos cantos, que as soluções comecem a aparecer, dando margem a que essas reclamações desapareçam por não serem mais necessárias.
De resto só resta parabenizá-la e pedir desculpas a ela por sermos tão covardes.     




Esse texto foi publicado, também, no blog Faculdade de Pedagogia do curso de pedagogia da UFPE.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

É pra bater bola ou guerrear?



Que a língua de um povo é ativa e está sempre em mudança, ninguém discorda, mas junto com ela mudam valores e comportamentos.
Atualmente as torcidas de futebol vêm considerando os jogadores de seus times como ferramentas de conquista de seus prazeres, e os denominam de guerreiros.
Tudo bem que é uma metáfora - pelo menos deveria ser - mas o inconsciente não distingue o real do imaginário. Às vezes, nem o consciente consegue fazer a distinção.
E de repente os torcedores se veem num Circo Romano gritando aos gladiadores por mais energia, força e sangue. 
"- Deem o sangue, guerreiros!" 
Metaforicamente falando, claro. Ou não?
Em uma época em que a violência está em cada esquina, e que alguns jogos só podem ser realizados com uma só torcida no estádio, creio que o inconsciente coletivo dessas pessoas está sendo invadido pelos mais bárbaros sentimentos escondidos em algum lugar e que vêm à tona com essa necessidade de vitória para eliciar um prazer. E com a incapacidade de  assistir um evento esportivo.
E que prazer é esse? É pela vitória, em si? Não. É por ter causado a derrota do adversário. Que agora nem é mais adversário, é inimigo, mesmo.
O Barão de Coubertin podia até estar exagerando quando disse que o importante é competir, mas há muito deixamos de apreciar um jogo de futebol pelo esporte. O que importa, hoje, é a derrota de alguém. De preferência a do outro time.

Exposição de Arte

Será aberta no dia 19 de maio, a 1ª Exposição de Arte Muito Especial Recife, Sob a ótica ‘Multimeios’, Recife receberá uma mostra singular e inédita, que reúne obras de 23 artistas com deficiência de todo o País. A Exposição de Arte ficará em cartaz no Museu do Estado de Pernambuco, entre os dias 19 de maio e 22 de junho na Sala Cícero Dias, com entrada franca.
A iniciativa é do Instituto Muito Especial, com o patrocínio da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) e Neoenergia, e apoio do Ministério da Cultura e da Lei de Incentivo à Cultura. 

SERVIÇO:
Exposição de Arte Muito Especial Recife
Local: Museu do Estado de Pernambuco - Sala Cícero Dias
Entrada franca
Endereço: Avenida Rui Barbosa, 960 – Graças- Recife
Horário de Funcionamento:
Terça a sexta – 9h às 17h
Sab e dom – 14h às 17h

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Esse Tal Chorinho na TV - Gravando!

A gravação do programa Esse Tal Chorinho na TV aconteceram como previsto e fotos do making of podem ser vistas no blog Choroteria Recife
O vídeo você pode assistir aqui mesmo.


segunda-feira, 11 de abril de 2011

Será na terça-feira, dia 19 de abril, a gravação do Programa Esse Tal Chorinho na TV. Ainda em fase de ajustes, o programa terá como locação o Bar do Neno, no Parnamirim, a partir das 19 horas. Aberto para todo mundo.
Aproveitaremos a presença do grupo de Arimatéa, que se apresenta lá todas as terças.
O programa é uma realização da TV Mais.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Mais artes - Adriana Alliz



O site CyberArtes promove toda semana um artista e nessa semana, a eleita foi Adriana Alliz. 
Não conhece seu trabalho? Acesse o link do CyberArtes e veja.

sexta-feira, 11 de março de 2011

quarta-feira, 9 de março de 2011