sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

XXY


Para quem entende de biologia genética esse título já diz tudo. Para quem não entende, a explicação: é a anomalia genética que define o hermafroditismo. E é essa a base para o filme dirigido por Lucia Puenzo, que levou o prêmio da crítica no Festival de Cannes. Produzido em parceria por franceses, argentinos e espanhóis, o longa apresenta ao público a questão da intersexualidade contando a história de Alex, uma garota de 15 anos um tanto diferente da maioria. Como a filha nasceu com características de ambos os sexos, os pais de Alex resolvem que o isolamento é a melhor saída para fugir de olhares curiosos e da crueldade que a sociedade em geral dispensa a quem não se encaixa em padrões pré-estabelecidos.Vivendo num remoto vilarejo uruguaio, eles decidem esperar o tempo necessário para que a própria Alex decida que identidade de gênero irá assumir, apesar de a mãe forçar a barra para que ela se submeta a uma cirurgia e assuma de vez a condição de mulher, o que não é exatamente a vontade de Alex.
Infelizmente o preconceito não existe somente na ficção. Até para vermos a ficção somos preconceituosos. Por que esses filmes só passam em sessões "cult" de São Paulo e Rio de Janeiro, nos horários das 23:30 e meia-noite?

Matéria retirada do site.

Nenhum comentário: